O que vem a sua mente quando lê “casa de campo”? Sabia que ela pode ser muito mais do que a casa de fim de semana? Intensificada pela pandemia, a vontade de sair da cidade e viver uma vida mais livre já passou pela cabeça de todo mundo.
Não é a toa que o êxodo urbano já começa a ser uma realidade em várias cidades, como mencionamos nesse post aqui. Cada vez mais estamos lidando com a virtualização das atividades, tanto de trabalho, quanto de estudo, e isso nos abre muitas possibilidades. Uma delas é a possibilidade de morar fisicamente longe de onde estão as sedes das prestadoras de serviços.
A casa de campo começa a ser uma opção viável
Acelerado pelo isolamento causado pela pandemia no mundo todo, o aprimoramento dos serviços online possibilitou a muita gente a sair dos centros urbanos e irem para o campo em busca de maiores espaços, principalmente. Com a possibilidade limitada de sair, os apartamentos cercados de outros prédios de apartamentos, exacerbou a vontade de viajar, ficar livre para respirar ar puro, eliminando de vez a sensação claustrofóbica que se instaurou.
Diante desse cenário, nas casas afastadas dos centros urbanos, devido aos espaços amplos e isolados, se percebeu uma melhoria na qualidade de vida. Era possível estar tranquilo, longe de outras pessoas e ao mesmo tempo próximo e conectado. Isso deu importância ainda maior a essas que chamamos segunda casa.
Pode-se chamar de casa de sítio, casa de chácara, casa de interior, casa fora da cidade, como quiser. O objetivo é o mesmo: liberdade.
As casas de campo nos permitem mais do que respirar ar puro. Nos permitem ser quem queremos ser, quase que sem interferências. Nos proporcionam momentos de estar em paz, nos permitem encontrar uma rotina confortável e mais humana, conectada a natureza e ainda permite horários otimizados. Ou seja, em vários sentidos, nos dão independência.
A Casa de Campo nos abre possibilidades
Sendo uma casa de final de semana ou de temporada, a Casa de Campo proporciona liberdade também em um outro aspecto fundamental para o Projeto de Arquitetura: no Programa de Necessidades! Esse Programa de Necessidades é fruto de uma investigação feita a fundo pelos arquitetos para entender o que os clientes mais querem e necessitam – como foi explicado nesse post aqui – e tem como resultado uma espécie de guia, onde constam todos os itens que são importante para se ter em projeto, e futuramente, na casa. Essa lista inclui desde cômodos e suas premissas gerais (como tamanho, integração, e/ou características especiais) até a minúcia dos equipamentos e eletrodomésticos que se deseja ter na casa.
Dizer que a casa de campo tem maior liberdade nesse aspecto, quer dizer que temos mais flexibilidade: os cômodos podem ter tamanhos variados, equipamentos diferentes dos da casa da cidade. Muita gente busca a paz e tranquilidade em uma casa de campo e isso pode refletir no interior da casa também, podendo levar a um estilo mais próximo do minimalista que busca eliminar itens além do essencial – e que ficou ainda mais popular nessa série da Netflix.
Apesar de não precisarmos dos mesmos recursos que temos em uma casa na cidade, na casa de campo podemos ter outras comodidades. Pode ser nessa casa em que aquele tão sonhado salão de festas ou quarto de jogos ou a biblioteca vai se tornar realidade. Já falamos um pouco sobre esse contraste das diferenças de casa no campo e na cidade em um outro post e você pode conferir aqui.
Quando abordamos a questão do Estilo Arquitetônico a ser usado na Casa de Campo, também podemos dizer que há maior liberdade: os recuos restritivos e proximidade com vizinhos se dissolve, pois os terrenos são maiores; e as dimensões e formatos das fachadas também são mais livres.
Mas e quando o deslocamento é necessário?
O mundo inteiro está conectado na rede mundial de computadores e isso facilita para que vários aspectos da vida fiquem ainda mais online. Isso não quer dizer que conseguimos extinguir os deslocamentos, pois ainda são necessários, tanto em caso de urgência, quanto em reuniões de trabalho ou de confraternização.
Com a distribuição e descentralização dos serviços, como rede de hospitais saindo das grandes capitais, assim como as instituições de ensino de todos os níveis, podemos viver isolados e com conforto, porém com possibilidades de deslocamento mais facilitados. Ou seja, a distância é um problema cada vez menor.
A casa de campo como casa principal
Em algum momento, mesmo com a possibilidade de retorno presencial, alguns optaram por ficar. E aí que a segunda casa pode passar a desempenhar o papel de casa principal. Existem vantagens de se viver mais livre e seguro e um tanto isolado. Se for possível diminuir o deslocamento, reduz-se ao mínimo possível o desperdício de tempo na rotina e aí os ganhos são muitos.
Devido a essas características e todo o histórico recente, podemos interpretar a casa de campo como essa alternativa à casa principal.