Você sabe a importância dos Projetos Complementares? São eles que garantem que a casa vai funcionar, desde a estrutura, dimensionada apropriadamente, passando por instalações mais básicas como elétrica e hidráulica e dependendo do caso, outras instalações mais complexas como ar condicionado, automação, proteção contra incêndio, proteção contra descargas atmosféricas, lógica, gases, entre outros.
O que são?
Você pode até não perceber mas a importância dos Projetos Complementares está presente no nosso dia-a-dia. Geralmente, só percebemos quando e onde ela está mal feita, ou mal posicionada. Já reparou quando uma luminária não atende a luminosidade necessária na hora de escrever ou realizar outro trabalho que necessite alta precisão? São detalhes como esse, que impactam na nossa vida se não estão bem resolvidos que os Projetos Complementares ajudam a resolver e prever até possibilidades futuras de adaptação.
Os Projetos Complementares são, como o próprio nome diz, complementares ao Projeto de Arquitetura. São eles que garantem o funcionamento de diversas disciplinas que são necessárias ao bom funcionamento de uma casa pois preveem e dimensionam a necessidade que tem aquela casa em termos de demanda de água e energia elétrica, por exemplo.
Os principais tipos de Projetos Complementares
Os principais Projetos Complementares que uma casa precisa são, normalmente, os das disciplinas de Estrutura, Elétrica, Luminotécnico e Hidráulica, que inclui a entrada de água, a saída de água pelo esgoto sanitário, e coleta de águas da chuva e drenagem do terreno, também chamada de águas pluviais ou esgoto pluvial.
Dimensionamento dos materiais e equipamentos
Esses Projetos servem para dimensionar itens como as tubulações de água e as cargas de elétrica, para que a demanda prevista da casa seja atendida com sucesso. Esses projetos levam em conta a geometria da casa, considerando as paredes, pisos e tetos por onde passarão essas tubulações. Outro benefício de termos esses Projetos Complementares feitos com antecedência em relação à obra, – ou pior ainda feitos de qualquer jeito, sem projeto na obra – é que eles consideram os caminhos ideias para cada disciplina, desde as entradas de energia elétrica e água fria, coordenando as distâncias entre cada caixa de inspeção no pátio até chegar na casa pelo melhor ponto, onde faz mais sentido começar a distribuição pela casa inteira.
Casos Especiais
Dependendo da situação de cada casa, talvez sejam necessários outros projetos complementares, como o de Ar condicionado e Automação, por exemplo. Os projetos calculam a demanda de acordo com o uso, ocupantes e dimensões da casa, além de levarem em consideração fatores como a localização e posição da casa no terreno, e insolação e ventilação, que também são importantes.
Como resultado, esses projetos nos fornecem informações suficientes para que os sistemas funcionem corretamente na casa, especificando materiais e equipamentos adequados à situação. É esse dimensionamento que nos dá a certeza que, por exemplo, o ar condicionado vai funcionar corretamente e gelar em um dia quente de calor, para citar um dos casos em que são fundamentais os Projetos Complementares.
Outras obras
Quando estamos falando de outros Projetos de Arquitetura, como de obras comerciais ou edifícios por exemplo, os Projetos Complementares podem ser mais diversos ainda, pois, por norma, são exigidos outros projetos como Plano de Proteção Contra Incêndio – o famoso PPCI – e o Sistema de Proteção a Descargas Atmosféricas – o ‘projeto de para-raios’ ou SPDA. Ainda podemos ter outras necessidades, de acordo com o tipo de edificação e o seu fim, podendo exigir Projeto de Gases, de Lógica entre outras instalações.
Compatibilização de Projetos
Ao termos todos os Projetos Complementares necessários para cada caso em mãos, você acha que acabou? Não mesmo! O trabalho do Projeto de Arquitetura continua!
É necessário que seja feita ainda mais uma etapa dentro do Projeto de Arquitetura, chamada de Compatibilização. Essa compatibilização garante a que as diferentes disciplinas não terão interferências uma com as outras, pois é onde o olhar atento do Arquiteto faz uma varredura nas diferentes disciplinas para identificar possíveis falhas.
Esse processo é facilitado por uma ferramenta de projetos com a chamada tecnologia BIM, que permite que façamos uma sobreposição dos diferentes projetos e assim, poder prever e antecipar possíveis interferências ainda em projeto, evitando retrabalhos em obra e gastos desnecessários.
O resultado dessa etapa de compatibilização de projetos é detalhado na sequência no que virá a ser o chamado Projeto Executivo, que é basicamente o material que vai para a obra, com as instruções do que deve ser construído e como deve ser construído. Aqui na Harpa gostamos de dizer que o Projeto Executivo funciona como um guia para a obra e para podermos realizar o melhor guia possível, precisamos de todas as informações dos projetos complementares compatibilizadas.