Você sabe a diferença entre uma casa no campo e uma casa na cidade? Ambas servem de abrigo, fornecem proteção e conforto. Mas existe uma diferença crucial no modo em que elas são usadas.
Pensando na perspectiva do morador, os ambientes até podem ser os mesmos, mas pelo diferente contexto pode se ter outras interpretações e significados diferentes.
Qual será o principal uso da casa no campo?
O principal uso da casa faz toda diferença. Quando temos uma ‘casa de morar’, como é chamada a ‘casa principal’ de uma pessoa ou família, temos que atender certos quesitos, como a funcionalidade do dia-a-dia e espaços para todas as eventuais tarefas que venham a ser necessárias na rotina desse núcleo de pessoas.
Por outro lado, quando estamos tratando de uma ‘casa de férias’ ou ‘casa de final de semana’, estamos falando de uma ‘segunda casa’. Nessa segunda casa não se tem tanto apego às tarefas cotidianas e rotinas específicas e podemos ter um programa de arquitetura mais aberto, proporcionando mais liberdade e inspirando mais criatividade, tanto para quem vai morar lá, quanto para quem vai projetar.
Vantagens e Desvantagens
Existe uma série de fatores que são considerados benefícios na hora de construir a casa no campo e que pesam na balança. Esses fatores vão desde o conceito de campo mais objetivo de questões estruturais, como o uso ou não de cercas, quanto às questões do campo lúdico e subjetivo, que passa pelas sensações de conforto e integração com a natureza.
As vantagens que temos são bastante conectadas à experiência de se estar fora da cidade e podem ser resumidas pela palavra liberdade. Liberdade em uma casa no campo é quando podemos olhar para fora e não estar colado ao vizinho; quando não se tem cerceamentos próximos e sim vistas de paisagens naturais que trazem inspiração e conforto; é quando nos sentimos à vontade apenas em estar. Nos sentimos mais seguros e tranquilos afastados da intensa movimentação dos centros urbanos. Em suma, é um lugar que traz qualidade de vida!
Em termos de Projeto de Arquitetura, também temos atuação mais livre: sem tantos limitantes legais, como recuos viário e de jardim e afastamentos de divisas; temos maior liberdade em relação a dimensões e formato da casa devido às dimensões maiores do terreno, que nos dão mais possibilidades.
Além destes, também podemos citar a liberdade visual e mental que são resultado do conjunto de fatores acima. O conceito da arquitetura pode ser mais livre volumetricamente, buscando aproximar o resultado das referências que norteiam o projeto e que integram ao local. E isso inclui também uma liberdade espacial também, poder pensar a casa inserida em uma paisagem naturalmente bonita, que, no fim, se torna um refúgio paradisíaco aos moradores.
Agora, se a casa no campo é uma segunda casa, melhor ainda!
Quando aliamos as vantagens de ter uma uma segunda casa às vantagens de construir fora da cidade, os benefícios são ainda maiores! E nesse caso, a liberdade aumenta! Isso tanto para o futuro morador quando para os arquitetos, que estão mais livres para imaginar e projetar, claro, sempre em concordância com os os preceitos e desejos dos clientes. Aqui existem diferentes interpretações para um mesmo ambiente, pois a proposição de ideias é mais fluída, o que pode gerar espaços inspiradores.
Os cômodos podem ser maiores e mais confortáveis. Podemos prever áreas de lazer mais completas e com usos diferenciados dedicadas a uma paixão específica ou a várias diferentes. Podemos pensar em espaços singulares a fim de explorar os potenciais do local, os interesse e os hobbies de cada um dos futuros moradores. Varanda gourmet, piscina, sauna, sala de jogos, biblioteca, ofurô, redários, sala de coleção, oficina, quiosque…. as possibilidades são infinitas! O objetivo é contemplar e se divertir!
A distância ainda é um problema?
Por outro lado, temos as desvantagens, que incluem a distância até certos serviços e comodidades.
Porém, isso vai cada vez menos ser considerado um problema. Com a pandemia vimos o cenário mudar bastante, para melhor: com a aceleração dos processos de tecnologia e digitalização para que mais atividades se tornassem remotas e com qualidade – desde trabalho e aulas remotas, até consultas médicas de baixa urgência. E com a implantação de infraestruturas de serviços como escolas, clínicas e hospitais fora dos maiores centros urbanos, causando uma descentralização e distribuição dos serviços – como pode ser visto em artigos da InfoMoney, da AECweb e da Século Diário, que abordam o tema desse ‘êxodo urbano’ nas diferentes regiões do Brasil.
Você já tinha percebido que esses tipos de casa podem ser tão diferentes?
A casa na cidade tem todas as suas vantagens que já estamos mais familiarizados: completamente equipadas, funcionais, espaço para tudo, conforto e comodidades a uma distância menor, na maioria das vezes.
Agora, a casa no campo, com todas as suas características únicas, entorno livre e natural, com a liberdade estética, ainda agrega qualidade de vida! Para nós, tem um quê de inspiração poética! Você concorda? A cada novo projeto, nos inspiramos a trabalhar cada vez mais com essa atmosfera!